O Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira (Muncab), no Centro Histórico, foi inundado pela água e 27 peças tiveram que ser retiradas do local para que não fossem danificadas. O museu, cujo acervo tem 300 peças, suspendeu a exposição.
A água acumulada na laje invadiu, na sexta-feira, o primeiro piso do museu, atingindo as peças em exposição e danificando paredes e vitrines. “Somos um museu sem recursos próprios e sem fins lucrativos, então o governo federal já foi acionado, todos já foram comunicados da situação”, disse o coordenador do Muncab, José Carlos Capinan.
Segundo ele, o museu deve ficar fechado por pelo menos dois meses. Ainda não foi calculado o prejuízo. “Um museólogo ainda deve vir para fazer a avaliação do que foi perdido”, contou. Foram quase dois dias para conseguir retirar a água acumulada, por meio de canos que foram colocados no teto.
Ontem pela manhã ainda era possível ouvir o barulho da água da laje caindo em um balde. A água chegou a ficar 30 cm acima do rodapé. As obras que tiveram que ser retiradas são de Heitor dos Prazeres, dos irmãos João e Artur Timóteo da Costa e de Rubem Valentim.
Em nota, o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) informou que, como o Muncab ainda não foi federalizado, não tem responsabilidade sobre o local.